domingo, 26 de junho de 2011

Por uma educação mais inclusiva






A polêmica lançada sobre o livro Por Uma Vida Melhor parece ter envolvido mais interesses políticos do que real interesse em discutir e contribuir com o desenvolvimento e a melhoria dos métodos educacionais utilizados em nosso país. Isso porque o que se tem visto nas últimas semanas é uma chuva de críticas sobre o livro que foi aceito pelo MEC, sendo que boa parcela dos críticos parece não ter muito conhecimento a respeito do conteúdo do livro. E isso acabou gerando críticas infundadas como dizer que é uma obra que impede as pessoas de terem acesso à norma culta, que as ensina a escrever errado e até que é uma obra inadequada para a educação das crianças.
Por Uma Vida Melhor não impede ninguém de ter acesso à norma padrão, até porque o livro é escrito dentro dessa norma. E ele pretende que as pessoas sejam capazes de perceber que dentro das produções escritas e em outros meios de circulação de informações, assim como em contextos mais formais, como em uma entrevista de emprego, o mais adequado é o uso da norma culta. As pessoas devem aprender a norma culta, pois ser excluido dela pode significar a impossibilidade de ter acesso a uma série de situações sociais, como a oportunidade de conseguir um emprego melhor. O livro não é voltado para crianças, mas para a educação de jovens e adultos. O público alvo, então, é composto por pessoas de pouca escolaridade e que provavelmente usam muitas variantes não-padrão e estigmatizadas e já estão habituadas ao uso das mesmas dentro da sociedade. A proposta não é ensinar a escrever ou a falar errado, mas ensinar que a língua que é usada no cotidiano até pode continuar sendo utilizada para aquelas situações comunicativas mais informais, mas deve ser evitada em situações que pedem a norma culta.
E esse direcionamento do modo de ensino não é novidade, pois está previsto nos PCNs desde os anos 90. Não é produtivo colocar um adulto na sala de aula e começar a enfatizar suas dificuldades e limitações como algo negativo e vergonhoso, pois isso poderia desestimulá-lo e fazê-lo abandonar novamente a sala de aula. É necessário encaminhar da melhor maneira possível esse retorno aos estudos, fazendo com que o processo rumo à apreensão da norma culta seja gradual e respeite as limitações do discente. Em suma, o que se propõe não é uma educação menos eficiente, mas uma educação mais humana.




Postado  por    Ariany

2 comentários:

aluiza araujo disse...

Oi, meninas, sugiro que retirem este vídeo, pois não há relação entre esta postagem e o tema do blog. Pensem melhor, ok!
abrs,
Aluiza

Priscila Sousa e Ariany Alexandrino disse...

'-'

Vou tirar '-'